quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Teologia Contemporânea 3º ano - Alunos de Sábado à tarde e à distância

                     

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                                Exercícios Resolvidos Páginas 47,48,49 Capítulo 4

COMO SE DEU O DESENVOLVIMENTO DA SITUAÇÃO NACIONAL - SOCIALISTA?

RESPOSTA:  Entre 1929 e 1930 houve o crescimento do NSDAP( partido nazista alemão)
em função da crise econômica, do desemprego e indenizações das nações contra as quais a Alemanha lutou na primeira grande guerra .
   OBS:. Muitos estudantes de teologia tornaram - se nazistas.
                   Em 1932 houve o surgimento dos " Deutsche Christien" ( Teuto-Cristãos )(Germânico - Cristãos ) propriamente dito. Estes, por sua vez, nas eleições no norte da Alemanha são um terço dos votos.
                   Em 1933 foi a tomada do poder por Adolf Hitler.  Através de referendo extinguiu
o cargo de presidente e acumulando os poderes de primeiro-ministro e de presidente alemão.
                  Os teutos - Cristãos festejam - no como enviado por Deus e interpretam o momento
como de mudança histórica. Hitler, declara o cristianismo como fundamento de seu governo e pede pela graça de Deus.  Os membros do partido lotam as igrejas. É convocada uma frente cristã contra o ateísmo, a fim de acobertar o ato de liquidar com os oponentes políticos. Hitler discursou o seguinte: " Nós estamos todos orgulhosos, que nós, através da ajuda graciosa  de Deus, tornamos novamente verdadeiros alemães."   Os Teuto-Cristãos tomaram conta da igreja  e conseguiram a imposição de um bispo-imperial:  Ludwig Müller. Buscaram uma síntese entre cristianismo e nazismo.  Estes queriam unir a cruz de Cristo com a cruz suástica.
  Hitler assinou um acordo com o papa Pio XII .  Karl Barth escreveu o livro" Theologische Existenz heute " [ Existência teológica hoje ], estabelecendo uma posição contrária  e defendeu a Teologia e a Confissão de fé, ao invés de política eclesiástica e criando assim, a " Pfarrernotbund"[ Associação de Emergência de Pastores ], encabeçada por Martin Niemöller.
                       Nesta mesma data de 1933 Paul Tillich foi desligado de sua função de professor  de filosofia da religião devido a sua critica ao nacional - socialismo. ( MEYER, 1996, p. 67s.)
     Em 1939 foi o inicio das eutanásias de pessoas consideradas de valor indigno  para continuar vivendo.  Entre 1940 e 1941 foram mortas 70.273 pessoas nestas ações de desinfecção. Em 1941  Judeus, ciganos, comunistas e homossexuais foram mortos.

QUAIS FORAM AS BASES TEOLÓGICAS DE BARMEN ?  

RESPOSTA:   João 14:6 ; João 10:1-9 ; 1ª Corintios 1:30 ; Efésios 4:15-16 ;  Mateus 20:25-26 ;
1ª Pedro 2:17 ; Mateus 28:20 ; 2ª Timóteo 2:9 ;
   O Sínodo de Barmen  de 1934 elaborou uma declaração teológica que se tornou a base de fé
 deste movimento. A igreja evangélica da Alemanha se dividiu. A igreja confessante queria obedecer somente a Cristo a não aceitava nenhuma outra revelação além da Palavra de Deus.
Ninguém tinha o direito de substituí - la por convicções ideológicas políticas. 
  Neste mesmo período foi estabelecido o parágrafo 'ariano' ( apenas podia ser funcionário público , eclesiástico, aquele que provasse ser de origem alemã até a terceira geração) até os funcionários da igreja e não apenas os funcionários do estado.
 Também em 1934 no Sínodo de Barmen criando a "igreja confessante". Declaração Teológica de Barmen.  Esta, defendia que os teuto-cristãos não tinham mais direito de se declararem
" Igreja de Jesus Cristo " e de agirem em nome da igreja de Cristo. Haviam abandonado os fundamentos da igreja, o Evangelho, testemunhado nas Sagradas Escrituras e reafirmado  nas
confissões da reforma.  A Declaração Teológica formulou as verdades evangélicas que precisavam ser reafirmadas naquele momento decisivo da história e defendidas diante do regime ditatorial  imposto na igreja. Karl Barth foi o autor principal da declaração. Partindo assim da declaração que Jesus Cristo é a única fonte e norma do agir e do falar da igreja. 
       Martin Niemöller foi posto na prisão:  Na mira dos nazistas
Em meados de 1937, ele pregava: “E quem, como eu, que não viu nada a seu lado no ofício religioso vespertino de anteontem, a não ser três jovens policiais da Gestapo – três jovens que certamente foram batizados um dia em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo e que certamente juraram fidelidade ao seu Salvador na cerimônia de crisma, e agora são enviados para armar ciladas à comunidade de Jesus Cristo –, não esquece facilmente o ultraje à Igreja e deseja clamar ‘Senhor, tende piedade’ de forma bem profunda”.
Em julho de 1937, Niemöller foi preso novamente. Após cerca de sete meses, no dia 7 de fevereiro de 1938, começou então o seu processo diante do Segundo Tribunal Especial, em Berlim-Moabit. A acusação argumentava que o pastor teria criticado as medidas do governo nas suas pregações “de maneira ameaçadora à paz pública”, teria feito “declarações hostis e provocadoras” sobre alguns ministros do Reich e, com isto, transgredido o “parágrafo do Chanceler” e a “Lei da perfídia”. A sentença: sete meses de prisão e 2 mil marcos de multa.
Os juízes consideraram a pena cumprida, em função do longo tempo de prisão preventiva. Niemöller deveria assim ter deixado a sala do tribunal como homem livre. Para Hitler, no entanto, a sentença pareceu muito suave. Ele enviou o pastor para um campo de concentração, como seu “prisioneiro pessoal”. Até o fim da guerra, durante mais de sete anos, Martin Niemöller permaneceu preso, primeiro no campo de concentração de Sachsenhausen, depois em Dachau.
Fonte: DW World


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